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quinta-feira, 19 de março de 2020

Santo Anselmo - "Basta pensarmos para sabermos que Deus existe"

 Anselmo de Cantuária, nascido na Itália em 1033, foi um monge beneditino, filósofo e prelado da Igreja que foi arcebispo de Cantuária entre 1093 e 1109.

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 Os cristãos tomem a existência de Deus por meio da fé, porém há aqueles que, embora acreditassem em Deus, procuraram maneiras de prova-lo de forma racional, e um deles foi o Santo Anselmo.

 Ele imaginou-se dialogando com um louco que nega a existência de Deus para elaborar o seu argumento. No final, o louco é obrigado a assumir uma posição contraditória ou assumir a existência de Deus.

O Diálogo seria:

 "Você concorda que se Deus existisse ele seria 'um ser do qual não é possível existir nada maior'?"

"Sim."

"E você concorda que Deus existe na sua mente?"

"Sim, na mente sim, mas não na realidade."

"Mas você concorda que algo que exista na realidade assim como na mente é maior do que algo que exista somente na mente?"

"Sim, um sorvete que está na minha mão é maior do que um que exista apenas na minha imaginação."

"Então, se 'um ser do qual não é possível existir nada maior' existe apenas na mente, é menor do que se existisse na realidade."

"Sim, verdade."

"Então agora você está dizendo que pode haver algo maior do que este 'ser do qual não é possível existir nada maior' ?"

"Isso nem mesmo faz sentido."

"Exatamente, e a unica alternativa para escapar dessa contradição é afirmar a existência de Deus."

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 Bom, o argumento ontológico de Santo Anselmo até hoje é utilizado, assim como também serve de base para elaboração de novos argumentos, e muitos filósofos concordaram e discordaram dele, como por exemplo, o famoso Kant, que argumentou contra o Santo Anselmo.

"Basta pensarmos em Deus para saber que ele existe" 
~ Anselmo.


terça-feira, 3 de março de 2020

Santo Agostinho - "Deus não é a origem do mal"


 Santo Agostinho, nascido no norte da Africa, tendo um pai pagão e uma mãe cristã, foi um teólogo e filósofo, da área da ética, que viveu no século IV e V d.C.


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Ele tinha muito interesse sobre a questão do mal. Se Deus é o todo-poderoso, por que há mal no mundo?


 Ele explicou da seguinte forma: Os humanos são seres racionais, e para que sejam racionais, os humanos devem ter livre-arbítrio, ou seja, devem ser capazes de escolher entre o bem e o mal, portanto os humanos podem agir bem ou mal, logo, Deus não é a origem do mal.

 Ter livre-arbítrio, como dito, significa ser capaz de escolher - inclusive escolher entre o bem e o mal. Por essa razão, Deus teve de deixar aberta a possibilidade de que o primeiro homem, Adão, escolhesse o mal em vez do bem. De acordo com a Bíblia. isso é o que aconteceu, visto que Adão desobedeceu a ordem de Deus para não comer a fruta da Árvore do Conhecimento.

 O argumento de Agostinho se sustenta mesmo sem se referir à Bíblia. A racionalidade é a capacidade de avaliar as escolhas por meio de um processo de raciocínio, e esse processo só é possível onde há liberdade de escolha, incluindo a liberdade de se escolher aquilo que é errado.


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 Um mundo sem o mal, segundo Agostinho, seria um mundo sem humanos, seres capazes de decidir sobre seus atos. Assim, como para Adão e Eva, as escolhas morais permitem a possibilidade do mal.

"O que o tornou Adão capaz de obedecer as ordens de Deus também o tornou capaz de pecar"   ~ Santo Agostinho